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Aline Dalcin – A Fórmula da determinação

Pé na terra, brincadeiras na areia, animais e muita plantação, assim foi construída a infância de Aline Possamai Dalcin. Agropecuarista, Empresária e Comunicadora da expansão da consciência, Aline usa da sua experiência de vida para ajudar outras pessoas, em busca do autoconhecimento. “Lembro-me de realizar muitas atividades como nadar nas barragens que serviam para irrigar as lavouras de arroz, as quais enfeitavam a maior parte da vegetação ao longo do ano, assim como as lavouras de soja e milho.”

Gaúcha do interior, encontrou o amor bem cedo, aos 14 anos e com 16 anos casou com ele. Ezequiel tinha 21 anos na época, mas os 6 anos de diferença de idade entre o casal, não foi empecilho. Juntos há 25 anos, eles seguem uma vida juntos, com duas filhas, Isabelle de 19 anos, estudante de medicina e da Nicolle de 11 anos, estudante e a artista da família.

Com muito estudo, inclusive uma graduação de Pedagogia, Aline entende e tenta passar com suas palestras e cursos a importância do autoconhecimento e autodesenvolvimento sem que se perca a essência. Sempre conectada e com conteúdos instrutivos nas suas redes sociais, a vida do campo nunca foi deixada de lado. “Então minha vida inteira, estive ouvindo desde meu pai e passando ao meu marido, sobre plantar, cuidar, aguar e colher, meu mundo é isso, sou uma mulher do interior, do campo, da roça e tenho muito orgulho e amor por tudo isso.”

Confira a entrevista completa com Aline Dalcin e saiba mais sobre a construção da sua carreira, sua clínica e família.

Como foi para você assumir responsabilidades tão sérias, com ainda pouca idade? Você acha que isso impacta de que maneira, na mulher que você é hoje?
Comecei a namorar o meu marido o Ezequiel Dalcin aos 13 anos. Casamos quando eu tinha 16 anos e construímos uma família linda! Temos duas filhas: a Isabelle de 19 anos, que cursa medicina e Nicolle de 11 anos que é a artista da família.
Acredito que como comecei tudo muito cedo na minha vida, hoje olho para trás e só tenho a agradecer. Confesso que não foi fácil cuidar de casa, filhos, casamento e negócios com tão pouca idade, porém sempre fiz tudo com alegria e paixão. Óbvio que tinham dias que eu não estava bem, pois a vida é assim, um eterno aprendizado. Não tenho a visão romântica da vida que tudo são um “mar de rosas”, pois esse é o planeta terra escola e estamos aqui para evoluirmos, então nunca temos perdas, tudo é ganho, tudo é aprendizado, e em cada adversidade da vida eu ficava mais resiliente e cada vez mais grata, pois não importa o que nos acontece e sim o que fazemos com tudo o que nos acontece.
Por isso que mesmo tão jovem posso passar adiante toda a minha experiência, de filha, de mãe, de esposa, de dona de casa, de empreendedora, enfim de vida.

Você acredita que a sua infância, que foi lotada de experiências, foi uma base para que você pudesse encarar os desafios da vida?
Sempre fui uma criança buscadora, no fundo sempre sabia que existia mais coisas além das que pudéssemos ver ou tocar. Nasci e cresci no campo, meus pais são agropecuaristas, assim como meus avós maternos, já os meus avós paternos eram caminhoneiros. Tive uma infância incrível, acordava cedo da manhã para esperar o ônibus escolar o qual se deslocava lentamente em uma estrada de chão batido na localidade onde eu vivo até hoje e que se chama São Donato, município de Maçambará, Rio Grande do Sul. Andar descalço era libertador e a sola dos pés não tinham descanso em meio à tanta adversidade como as dolorosas rosetas e urtigas. Cresci em um lugar cercado por animais e plantações, onde o sol comandava o relógio e as chuvas davam o descanso, meu pai ia para lavoura antes do sol nascer, muitas vezes minha mãe e eu levávamos o almoço e lanche para ele não perder tempo indo para casa, pois como trabalhava sozinho tinha que se desdobrar para fazer o cultivo da lavoura antes da época das chuvas.

Aline Dalcin – Foto: Bárbara Rigo

Sua infância foi muito feliz, uma infância raiz como podemos dizer, com pé no chão, brincadeiras. Você teve essa preocupação com a infância das suas filhas?
Minhas filhas também tiveram o privilégio de nascer e crescer no meio da natureza, como somos do ramo do Agro temos a nossa casa no campo e na cidade.
Minha filha mais velha Isabbelle que hoje cursa o quinto período de medicina, ama passar as férias no campo e a Nicolle por ter apenas 11 anos, tem o campo como seu lugar preferido dela, onde ela brinca com os nossos três pets Sichy, Paçoca e Thobias, adora andar descalça e brincar no barro, além de ir nas lavouras comigo e com o papai dela, o Ezequiel Dalcin.
Graças a Deus as minhas filhas tiveram uma infância feliz e gostosa.

Em que momento o universo da palestra motivacional entrou na sua vida?
Cheguei nesse mundo de palestras motivacionais totalmente sem intenção. Há uma década entrei para o mundo do autoconhecimento e nunca mais parei. As coisas fluindo e como fazia muito sentido para mim, pensei: posso passar adiante o que aprendi, o que experienciei, pois aprendi na faculdade de pedagogia que o conteúdo que aprendemos e não é repassado, não servia de nada

Como foi que você se descobriu uma palestrante? Imagino também que envolva muito estudo.
Estou com 40 anos e comecei a construção da minha família muito nova, com 16 anos me casei com o meu marido – hoje estamos há 27 anos juntos – e com 20 anos tive a minha primeira filha: Isabelle, que hoje tem 19 anos e cursa medicina. Aos 28 anos tive a minha segunda filha: Nicolle, que tem 11 anos e é a artista da família.
Quando era criança eu brincava de dar aula para os meus irmãos, e acabei me formando em Pedagogia, além disso, sou agropecuarista, terapeuta holística e hoje sou palestrante motivacional. Uma coisa foi desencadeando a outra, fui seguindo o fluxo, não foi nada premeditado ou calculado, mas sei que fiz da minha paixão, que era o desenvolvimento humano e a expansão da consciência, o meu trabalho.

A construção da sua clínica sempre foi um sonho, ou uma ótima consequência do seu trabalho / jornada?
Depois de uma década fazendo cursos e treinamentos sobre desenvolvimento humano eu decidi que abriria a minha clínica para eu poder usar tudo o que eu tinha aprendido e principalmente aquilo que experimentei e funcionou positivamente para mim, além também pude montar a minha equipe dentro da minha clínica, com vários terapeutas incríveis.

Qual o papel da sua família no seu trabalho?
O papel da minha família é extremamente importante, pois o significado de família é ter para quem você voltar. No meu trabalho como comunicadora a parte mais importante que levo para as pessoas é cuidarem de si e cultivarem as suas famílias, assim terás relacionamentos saudáveis e a vida fica bem mais divertida.

Aquela criança que adorava buscar e ir de encontro com coisas novas, ainda faz parte da Aline de hoje?
Aquela criança ainda habita dentro de mim, aliás a nossa criança sempre habitará dentro de nós até o último dia de nossas vidas. A minha Aline adulta cuida muito bem da minha Aline criança e assim ela me deixa mais feliz para fazer essa caminhada que é a vida e ambas são eternas buscadoras.

Aline Dalcin – Foto: Bárbara Rigo

Todos sabemos o significado da palavra autoconhecimento, porém o que significa autoconhecimento para a Aline?
O autoconhecimento é importante para todos no mundo, sem exceção, pois quem se autoconhece sabe o que fazer em momentos de adversidades, quem olha para dentro encontra todas as respostas que tanto procura, quem faz esse caminho estará sempre um passo à frente aos demais. Não que sua vida será um mar de rosas, porém terás mais inteligência emocional, saberá tomar decisões mais saudáveis e usará as ferramentas que tens no momento.
Autoconhecimento é poder. A questão é: como você quer estar daqui a 5 ou 10 anos? O que você está fazendo para que você consiga o que deseja?
Lembre-se que nós somos hoje as escolhas que fizemos ontem e seremos amanhã o que estamos escolhendo hoje. Temos que semear, regar, separar o joio do trigo e colher.
Então nós estamos onde nos colocamos, de maneira inconsciente ou consciente.

Qual o seu maior sonho nesse momento?
Tenho muitos sonhos sim, porém não posso contar e aconselho a você também não contar os seus, pois é muito pessoal e ninguém precisa saber e nunca esqueça: nunca deixe de sonhar. Sonhe até o último dia de sua vida e o mais importante, sintas em seu coração, em sua alma que os teus sonhos já estão sendo realizados e quando menos esperar tu se tornarás os teus sonhos realizados.

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