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Risco de doenças cardíacas aumentam em 30% no inverno, aponta médicos

Dr. Heron Rached, cardiologista, explica que na estação mais fria do ano a pressão arterial aumenta, causando morte súbita por infarto

Um estudo divulgado pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein constatou que as internações por insuficiência cardíaca e infarto são 30% maiores no inverno do que no verão. O cardiologista Heron Rached explica que a vasoconstrição – diminuição do espaço interno para a circulação do sangue – é uma das principais causas, pois ela reduz o fluxo sanguíneo e gera escassez de oxigênio no organismo. Tal mudança, é uma resposta natural para manter a temperatura corporal. 

Além disso, por consequência das baixas temperaturas, a prática de exercícios diminui e muitas vezes o consumo de  alimentos gordurosos pode aumentar, afetando a pressão arterial. Essa movimentação que ocorre no corpo e nos hábitos diários podem fazer com que os receptores nervosos da pele liberem adrenalina – hormônio responsável pela contração dos vasos sanguíneos – e consequentemente gerem o estreitamento das artérias, que pode causar rupturas de placas de gorduras que irrigam o coração e o cérebro, o que pode resultar em um infarto ou AVC. 

“Há alguns anos a cardiologia estuda o vínculo do frio com o aumento das internações por doenças cardiovasculares. Se o paciente já apresenta pressão alta ou algum sinal de risco, o importante é que o cuidado seja redobrado. O mesmo serve para aqueles que possuem histórico familiar na família”, explicou o cardiologista.

Nos dias frios, a baixa umidade também é um fator que afeta a dispersão dos poluentes no ar, tornando-o mais carregado com substâncias tóxicas, sobrecarregando o pulmão e consequentemente modificando a atividade respiratória. Em Londres, alguns pesquisadores do London School of Hygiene and Tropical Medicine (em português: Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres) descobriram que uma queda brusca no clima nos meses de julho a agosto aumenta o risco de infarto e a cada grau a menos, ocorre um aumento de 200 casos. 

O Doutor Heron Rached explica que uma forma de proteger o coração no inverno é manter o corpo aquecido, pois evita o aumento da pressão e a constrição das artérias. Além disso, realizar atividades físicas e ter momentos de lazer e bem-estar são fundamentais para auxiliar o funcionamento do coração.

“As atividades físicas vinculadas a uma boa alimentação podem ser essenciais para auxiliar na prevenção desses problemas. Entretanto, é primordial que o acompanhamento médico seja feito de forma regular e que o monitoramento diário seja feito, é importante não excluir os pequenos sinais que o corpo apresenta”, enfatiza Rached.

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