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O livro “Desculpa, atrasei!” relata os desafios e as dores da maternidade tardia 

A autora Stella Wilderom foi mãe aos 40 e fala sobre esta jornada e as mil injeções que tomou para realizar este sonho.

Quem vê Stella Wilderom hoje com seus dois filhos, a Aurorade 2 anos e David com três meses, não tem ideia do esforço, desafios e as perdas que abriram o caminho para a realização do sonho de ser mãe. Como muitas profissionais, a autora investiu na carreira corporativa até os 35 anos, quando decidiu encerrar a fase como executiva para abrir seu próprio negócio. A mudança de cenário foi fundamental para a maternidade ganhar espaço na sua vida e cerca de dois anos depois, iniciouuma das suas jornadas mais complexas.  “Sou de uma geração que não fala sobre maternidade tardia. Passei por inúmeros profissionais de saúde e nunca me falaram nada sobre os impactos que a maternidade pode gerar, após os 35 anos. E este foi o gatilho para começar a escrever e dar vida para o livro, Desculpa, atrasei!”, conta Stella. 

A autora relata ainda que seis meses após começar o processo, ela engravidou, mas passou por uma perda gestacional traumática para qualquer mulher. Meses depois, foi diagnosticada com infertilidade, por não conseguir engravidar naturalmente após um ano de tentativa.  A partir deste momento, os desgastes físicos, emocionais e financeiros passaram a ser parte da sua vida. E, por conta disto, ela passou a anotar cada detalhe e começou, timidamente, a compartilhar com os seguidores de um perfil criado em uma rede social – que tem mesmo nome do livro -, suas dores e desafios. 

Outro ponto que chamou a atenção da Stella, foram as mulheres que estavam em tratamento para engravidar ou que perderam suas gestações, não tinham coragem de abrir essas informações e sofriam em silencio com medo dos julgamentos e perguntas indiscretas. “O nome Desculpa, atrasei! –, nasceu da minha vontade de responder as pessoas do meu círculo de relacionamento que questionavam o porquê demorei para ter filhos. Eu me sentia atrasada e inadequada socialmente – o que é muito ruim-, pois a maternidade é uma opção que pode ou não fazer parte da vida de uma mulher”, explica. 


Um tema muito presente e pouco falado no universo feminino 

A ideia do livro é discutir as razões pelas quais as mulheres postergam a maternidade e como socialmente isso ainda é complexo, seja pelo preconceito ou pela pouca opção. As mulheres que escolhem a maternidade tardia, se deparam comdesafios e tratamentos caros como o congelamento de óvulos, por exemplo. Além disso, a Stella relata, por meio de sua própria história, exames, profissionais, tratamentos e tudo o que passou com um único propósito: ajudar quem vive este momento a entender que é possível, apesar do tema ser tão presente e pouco falado no universo feminino. O livro fala da escolha do fertileuta ao planejamento financeiro para uma fertilização in vitro (FIV) e aborda pontos importantes do processo.   “Espero que as coisas sejam mais fáceis para a geração da minha filha, porque a minha cresceu com a certeza que podia empurrar essa decisão e, a qualquer momento, poderia tentar engravidar sem problemas. E não é assim, fomos criadas em um ambiente com pouca informação e pressionadas por um mercado de trabalho que dificulta a vida das profissionais que desejam ser mães”. E conclui: “Espero que ao relatar minha vivência e compartilhar as informações que colhi ao longo do processo, possa ajudar outras mulheresa tomarem as decisões com mais precisão, com mais informações e segurança. Se tornar mãe, por si só, já é um dos maiores desafios da vida e ele deveria ser leve para todas nós.”, conclui Stella.

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